Terroir Brasileiro e o Projeto Manipueira: a cerveja do Brasil
Conheça tudo sobre o Terroir Brasileiro e o Projeto Manipueira, que tem como objetivo utilizar ingredientes brasileiros para fazer cerveja.
Conceito bem difundido entre os apreciadores do vinho, o terroir (lê-se ‘terroá’) é o arranjo proporcionado pela combinação do clima, características do solo, altitude e microrganismos disponíveis localmente. De forma resumida, é tudo que está disponível de forma única na região e que vai trazer atributos singulares à bebida.
No mundo da cerveja, esse conceito muitas vezes é deixado de lado, embora esteja sempre presente. Quem nunca tomou uma cerveja bem lupulada, lembrando frutas cítricas e logo remeteu aos lúpulos americanos? Ou uma Lager de fermentação limpa, onde o maltado e o lúpulo floral se destacam e logo associou à Escola Alemã? E lógico, como não associar o conceito de terroir às Lambics, as famosas cervejas belgas fermentadas espontaneamente por microrganismos locais?
Explorando essa concepção, as cervejas nacionais estão cada vez mais explorando o que temos de único. A criatividade ímpar dos nossos cervejeiros está entregando ótimas combinações de estilos clássicos com frutas, sementes e madeiras que só aqui temos fácil acesso. No lugar do famoso candi sugar belga feito com açúcar de beterraba, temos o nosso melaço e uma grande diversidade de méis. Já temos levedura cervejeira brasileira isolada por laboratório nacional e várias cervejas já foram lançadas com essa pegada.
E mantendo essa busca por cervejas únicas e de pedigree tupiniquim, mais um importante passo foi dado: o Projeto Manipueira. Resultado de uma parceria entre as cervejarias Cozalinda e Zalaz, o projeto conta com mais de 30 cervejarias espalhadas pelo Brasil e consiste na utilização dos microrganismos presentes na Manipueira. Em linhas gerais, a Manipueira é o líquido extraído no processamento da mandioca: ao espremer o tubérculo é extraído um líquido que irá passar por uma fermentação prévia e espontânea em temperatura ambiente. Após essa etapa, o líquido, que já estará bem populado com os microrganismos únicos da Manipueira e da microflora da região, será inoculado ao mosto cervejeiro dentro de um barril de madeira. Essa etapa da fermentação cervejeira levará meses e irá gerar características únicas de cada região das mais de 30 cervejarias que já aderiram ao projeto.
Cada cervejaria irá produzir seu próprio mosto com parâmetros pré-definidos de baixa lupulagem e baixo perfil de malte, para que o brilho todo da cerveja fique por conta das leveduras e bactérias da Manipueira e microflora local. Assim, cada cervejaria cultivará sua própria microflora e produzirá cervejas únicas e totalmente locais, semelhante ao que já é praticado pelas cervejarias idealizadoras do projeto.
O Terroir no mundo das cervejas
No mundo da cerveja, esse conceito muitas vezes é deixado de lado, embora esteja sempre presente. Quem nunca tomou uma cerveja bem lupulada, lembrando frutas cítricas e logo remeteu aos lúpulos americanos? Ou uma Lager de fermentação limpa, onde o maltado e o lúpulo floral se destacam e logo associou à Escola Alemã? E lógico, como não associar o conceito de terroir às Lambics, as famosas cervejas belgas fermentadas espontaneamente por microrganismos locais?
Explorando essa concepção, as cervejas nacionais estão cada vez mais explorando o que temos de único. A criatividade ímpar dos nossos cervejeiros está entregando ótimas combinações de estilos clássicos com frutas, sementes e madeiras que só aqui temos fácil acesso. No lugar do famoso candi sugar belga feito com açúcar de beterraba, temos o nosso melaço e uma grande diversidade de méis. Já temos levedura cervejeira brasileira isolada por laboratório nacional e várias cervejas já foram lançadas com essa pegada.
O projeto Manipuera e o Terroir Brasileiro
E mantendo essa busca por cervejas únicas e de pedigree tupiniquim, mais um importante passo foi dado: o Projeto Manipueira. Resultado de uma parceria entre as cervejarias Cozalinda e Zalaz, o projeto conta com mais de 30 cervejarias espalhadas pelo Brasil e consiste na utilização dos microrganismos presentes na Manipueira. Em linhas gerais, a Manipueira é o líquido extraído no processamento da mandioca: ao espremer o tubérculo é extraído um líquido que irá passar por uma fermentação prévia e espontânea em temperatura ambiente. Após essa etapa, o líquido, que já estará bem populado com os microrganismos únicos da Manipueira e da microflora da região, será inoculado ao mosto cervejeiro dentro de um barril de madeira. Essa etapa da fermentação cervejeira levará meses e irá gerar características únicas de cada região das mais de 30 cervejarias que já aderiram ao projeto.
Cada cervejaria irá produzir seu próprio mosto com parâmetros pré-definidos de baixa lupulagem e baixo perfil de malte, para que o brilho todo da cerveja fique por conta das leveduras e bactérias da Manipueira e microflora local. Assim, cada cervejaria cultivará sua própria microflora e produzirá cervejas únicas e totalmente locais, semelhante ao que já é praticado pelas cervejarias idealizadoras do projeto.
O sabor de uma cerveja nascida e criada no Brasil
Dependendo do resultado final, abre-se uma gama infinita de combinações com as mais diversas frutas, especiarias e madeiras brasileiras, além de ser uma porta escancarada para exploração de outros microrganismos nacionais ainda não descobertos. E mais, de acordo com a Abracerva (Associação Brasileira de Cervejas Artesanais), que também abraçou o projeto, é possível fazer um blend de todas essas cervejas prontas, resultando em uma bebida com o verdadeiro terroir do Brasil – semelhante à Horal, projeto belga que blenda várias lambics e que foi a inspiração inicial desse projeto maravilhoso.Quem sabe esse é só o início de uma longa jornada para a consolidação de uma escola genuinamente brasileira de cervejas com foco na biodiversidade que temos por aqui. Vale a pena acompanhar de perto os próximos capítulos. Saúde!>Conheça as 5 principais cervejarias de Blumenau, terra da cerveja brasileira
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