Cerveja sem álcool: desce mais uma!
Conheça o mercado crescente das cervejas sem álcool e o motivo para o boom deste seguimento delicioso do mercado cervejeiro. Acessa e saiba mais!
Cerveja sem álcool não é novidade, existe desde a década de 80. Mas recentemente seu consumo vem crescendo ano após ano. De 2019 para cá a produção das cervejas sem álcool mais do que dobrou. Se antigamente tínhamos apenas o estilo “Pilsen” (que na realidade é uma American Lager) sem álcool, hoje temos disponíveis vários estilos – de Weiss à IPA, passando por Belgian Blonde Ale e Fruit Beers.
O perfil consumidor varia muito. Vai desde o tradicional cervejeiro que está com alguma restrição temporária de consumo de álcool, até atletas, gestantes e motoristas da rodada. O motivo, na realidade, não importa.
O que vale mesmo é entregar ao consumidor cervejas sem álcool, mas sobrando qualidade. E isso tem ocorrido no mesmo passo em que a demanda desse nicho cresce. As cervejas sem álcool estão cada vez mais próximas, em questões sensoriais, às alcoólicas.
O novo padrão de consumo das cervejas sem álcool
Esse novo padrão de consumo não se aplica somente em terras brasileiras, é uma tendência mundial. De maneira geral, as pessoas – inclusive nós, cervejeiros – passaram a ter um olhar mais cuidadoso em relação à saúde e à qualidade de tudo que ingerimos.
Isso também explica a crescente procura por cervejas de baixa caloria. O movimento é tão grande, que uma das gigantes do mercado contratou um famoso piloto de Fórmula 1 para figurar como garoto propaganda do seu rótulo. Um grande sinal do volume de vendas que está sendo movimentado.
A história desse tipo de cerveja
Em alguns países da Europa, principalmente naqueles que deram origem às escolas cervejeiras – Alemanha, Bélgica, Inglaterra e República Tcheca, o consumo de cerveja é visto como função alimentar e não apenas recreativa, o que traz todo um sentido maior às cervejas sem álcool. Basta lembrarmos da história da cerveja: por muitos séculos consumir cerveja foi muito mais saudável do que beber água.
Além da cerveja ser fervida, o lúpulo (e outras ervas) é bactericida e o álcool e o baixo pH frutos da fermentação tornam a cerveja um ambiente inóspito às contaminações realmente patogênicas. Ainda nos dias de hoje, e principalmente durante o período de quaresma e do advento, os mosteiros trapistas utilizam a cerveja como importante fonte de nutrição.
Olhando a cerveja desse modo, faz cada vez mais sentido rótulos de cervejas sem álcool. É uma grande oportunidade para o mercado inserir a bebida como fonte de energias, seja ao final de um dia cansativo, seja após o treino pesado ou durante uma caminhada no parque.
Talvez, quem sabe, o futuro seja fazer reuniões de trabalho regadas a deliciosas cervejas sem álcool ao invés do tradicional cafézinho. Por que não? Saúde! >