Delirium Cafe e as 1000 cervejas
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Que mentira! O bar da Delirium em Bruxelas é famoso por ter uma carta com mil cervejas. Mas, isso não é verdade. O recorde obtido no ano de 2004 no Guinness Book é de 2.004 cervejas disponíveis! E há quem diga que a carta atualmente conta com mais de 3.000 rótulos. Mesmo com muita sede, eu levaria alguns anos para tomar tudo isso. O Delirium Cafe é um dos bares da Delirium Village, que conta com oito bares da marca próximos uns dos outros na região da Grand Place, cada um com uma proposta diferente. De fato, o bar fica em uma viela divertida e repleta de placas e letreiros do elefante rosa. A entrada é um teste para indecisos: você tem a opção de subir ao primeiro andar no Delirium Hoppy, destinado às cervejas mais lupuladas ou de microcervejarias, ficar no andar térreo onde funciona o Delirium Taphouse – bar principal com mais de 25 cervejas on tap, ou descer e ir no Delirium Cafe, que conta com as milhares de garrafas, além de cervejas on tap. Não pensei duas vezes e fui direto para o porão!
O ambiente é todo decorado com apetrechos de cervejas e cervejarias. O teto é inteiro forrado com bandejas, também de marcas cervejeiras. O salão é tomado por mesas e barris em pé. O sentimento na hora que entramos foi: ache algum lugar vago e se acomode como der. Assim como a cidade de Bruxelas, o Delirium Cafe é um ambiente muito cosmopolita. Haviam pessoas do mundo inteiro. Cada mesa falava um idioma diferente. O ambiente é bem descontraído e, apesar de parecer uma bagunça com muita gente andando, bebendo e derrubando coisas, tudo fluía bem e ninguém ficava sem cerveja. A única funcionária do bar no salão não anotava pedidos, apenas recolhia as taças e os copos vazios. E acredite, ela ficava o tempo todo só fazendo isso!
Roteiro Belga #7 – Última parada: Bruxelas
Os pedidos são feitos direto no balcão, ao lado do tap e da carta de cervejas, que mais parecia um livro pelo tamanho e, evidentemente, é a atração mais disputada do bar. Como meu lema para viagens cervejeiras é beber cerveja local e fresca, optei pelas opções do tap. E não podia ser diferente: tive que começar com a Delirium Tremens. Sei que é chover no molhado, mas que cerveja espetacular! Degustei a taça toda apreciando a movimentação frenética do Cafe e a impressão foi de que a cerveja não durou cinco minutos.
Já era tarde e pedi a saideira: Delirium Nocturnum, mantendo a saga do elefante rosa. Não tão famosa quanto a Tremens, mas igualmente deliciosa. O problema é que no Delirium Cafe não existe só uma saideira. Nós simplesmente não queríamos ir embora, apesar do horário avançado e do corpo moído da peregrinação de um dia inteiro de Bruxelas. Então pedi mais uma Buffalo Bitter – Belgian Golden Strong Ale da cervejaria Van Den Bossch – e uma Delirium Red de sobremesa, apesar de não ter comido nada.
Saímos de lá e ainda fomos jantar no Hard Rock Cafe, com direito a curtir o resto da noite na linda e iluminada Grand Place. Que dia fantástico! Visitar Cantillon pela manhã, Poechenellekelder à tarde, Delirium Cafe à noite e finalizar na Grand Place é algo inesquecível e de uma felicidade que só Bruxelas pode te dar. Agora falta voltar e visitar os outros sete bares da vila do elefante rosa. Santé!>