Bebendo Através Do Tempo: Uma Visita À Brasserie À Vapeur
Acompanhe essa visita até a Brasserie À Vapeur, uma cervejaria clássica da Bélgica. Veja por dentro toda história e maquinário utilizado pelo Sr. Dits!
A região de Hainaut (pronuncia-se “ênô”), Bélgica, é uma das mais ricas em cervejarias no país. É berço do estilo Saison e possui destinos interessantíssimos para os amantes das cervejas: Brasserie de Blaugies, Brasserie de Cazeau, Brasserie Dubuisson, Brasserie Dupont, Taverne Saint-Géry, etc... Por ser região limítrofe com a França, está próxima da irmã desgarrada das Saisons, a “Bière de garde”. Além do turismo cervejeiro, existem inúmeras outras atrações na região, como o Pairi Daiza, eleito várias vezes o melhor zoológico da Europa. Ele funciona no local da antiga Abadia Cisterciense de Cambron (e existe uma cerveja de abadia produzida para o local).
Jean Dits fazendo uma dedicatória no meu livro sobre a história da cervejaria
Realizamos a reserva via e-mail para participar da brassagem e da festa (o valor é 50? por pessoa). Infelizmente não houve a brassagem, tendo em vista que os estoques da cervejaria estavam altos por conta da pandemia e da guerra (a Rússia é um dos principais importadores da cervejaria). Mas a festa foi mantida.
Nós com Sr. Dits e sua esposa
Nesse dia ainda apareceram para o evento um grupo de ciclistas franceses (a relação dos belgas e dos franceses com o ciclismo é bem interessante), além de outras três brasileiras que, assim como nós, estavam em uma aventura cervejeira pelo país. A apresentação pode ser feita em francês e/ou inglês.
Uma parte dos equipamentos da cervejaria
Com relação às cervejas, foram duas, a Vapeur de Châtaigne (uma Saison com folhas de castanheira e castanhas) e a Vapeur Cochonne (uma Belgian Strong Dark Ale). Todas servidas da torneira, em uma jarra. E os convidados são “obrigados” a fazerem o serviço.
Após o banquete, hora de partir para Bruxelas. No dia seguinte teríamos nosso primeiro Toer de Geuze. Brasserie à Vapeur, mais uma grande experiência adicionada à memória e a necessidade (e o desejo) de voltar em um futuro não muito distante para ver tudo aquilo em funcionamento.
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O começo da viagem até a Brasserie à Vapeur
Programamos nossa viagem para estar na região no último sábado de abril por uma razão especial. Na pequena cidade de Pipaix existe um museu vivo: construída em 1785 como Brasserie Calier, foi comprada por Jean-Louis Dits em 1984 e passou a se chamar Brasserie à Vapeur. Utiliza até hoje maquinário a vapor do final do século XVIII (daí o nome). No último sábado de cada mês é realizada a brassagem pública e a “fête de la bière” (festa da cerveja), ocasião na qual o Sr. Dits e sua esposa, Vinciane, organizam um verdadeiro banquete com produtos orgânicos da região (carnes, queijos, charcutaria, pães, sobremesas) e, claro, muita cerveja da casa. Essa é a segunda esposa de Jean. A primeira, Sittelle, faleceu tragicamente em um acidente com o maquinário da cervejaria em 1991. Jean Dits fazendo uma dedicatória no meu livro sobre a história da cervejaria
Realizamos a reserva via e-mail para participar da brassagem e da festa (o valor é 50? por pessoa). Infelizmente não houve a brassagem, tendo em vista que os estoques da cervejaria estavam altos por conta da pandemia e da guerra (a Rússia é um dos principais importadores da cervejaria). Mas a festa foi mantida.
A Brasserie à Vapeur
Chegamos à cervejaria antes das 9h, mas como a brassagem não aconteceria, o início foi remarcado para meio-dia (só esqueceram de me avisar). O local realmente impressiona. As construções são realmente muito antigas. A cervejaria em si é separada do café/pub por uma rua. No interior do café, um ambiente rústico que muitos esperariam encontrar apenas em filmes medievais, com direito a aquecimento por lareira, o que deixa um leve aroma de defumado no ambiente. Nas paredes, várias molduras contendo fotos e desenhos (Jean Dits é um cartunista habilidoso) das cervejas e de eventos nos quais a cervejaria já participou. Nós com Sr. Dits e sua esposa
Nesse dia ainda apareceram para o evento um grupo de ciclistas franceses (a relação dos belgas e dos franceses com o ciclismo é bem interessante), além de outras três brasileiras que, assim como nós, estavam em uma aventura cervejeira pelo país. A apresentação pode ser feita em francês e/ou inglês.
Sr. Dits e a cervejaria
Sr. Dits fez uma apresentação de cada prato e serviu uma cerveja para acompanhar, ou um drink feito com cerveja. Além de grande cervejeiro e desenhista, ele é um bom piadista. Entre um gole e outro ele fazia uma piada sobre franceses. Entre a entrada e o prato principal, realizamos uma visita à cervejaria. Que estrutura incrível. Tanto o prédio como o maquinário são verdadeiros museus. Ver aquilo funcionando deve ser uma experiência magnífica. Uma parte dos equipamentos da cervejaria
Com relação às cervejas, foram duas, a Vapeur de Châtaigne (uma Saison com folhas de castanheira e castanhas) e a Vapeur Cochonne (uma Belgian Strong Dark Ale). Todas servidas da torneira, em uma jarra. E os convidados são “obrigados” a fazerem o serviço.
Após o banquete, hora de partir para Bruxelas. No dia seguinte teríamos nosso primeiro Toer de Geuze. Brasserie à Vapeur, mais uma grande experiência adicionada à memória e a necessidade (e o desejo) de voltar em um futuro não muito distante para ver tudo aquilo em funcionamento.
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