A estrada da cerveja

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A estrada da cerveja


A ESTRADA DA CERVEJA

Finalizando a série sobre destinos cervejeiros na Serra Gaúcha (pelo menos por enquanto), partimos de Garibaldi (onde visitamos a Brewine Leopoldina) e percorremos a estrada que leva até a cidade de Farroupilha via VRS-813, mais conhecida como Estrada Morro do Macaco. Essa estrada leva também até Caxias do Sul e passa por três cervejarias (com brewpubs) bem interessantes antes de chegar à Farroupilha: Guarnieri, Nahuali e Bauth Bier. 

Resolvemos ir primeiro na cervejaria mais distante, para depois ir voltando em direção à Garibaldi. Chegamos na Blauth Bier e ficamos encantados com o local. Ele é bem amplo, com diversos ambientes. Você pode escolher ficar no ambiente interno, em mesas ao ar livre ou ainda, em volta de um quiosque em formato de vagão de trem. A história da cervejaria se confunde com a da região. O bisavô do atual dono da cervejaria (recém emigrado da Alemanha) fundou no local o primeiro hotel de veraneio do Rio Grande do Sul, o Veraneio Blauth & Haupt. Como foi o primeiro sábado após o Saint Patrick’s Day (que caiu no meio da semana), o local organizou um evento temático, com direito ao tradicional chopp verde e sanduíches servidos no pão da mesma cor. Já adianto que das três cervejarias, essa é a mais bem estruturada para receber pessoas. Nas torneiras, uma variedade de estilos, com foco nos estilos alemães, mas há outros estilos, como IPAs e Stouts, todos da casa. Se não tivesse outros dois locais para conhecer, com certeza teria passado fácil o dia aqui. 

Saindo da Blauth, a próxima parada foi o Tempo Nahualli. O bar possui 10 torneiras, a Nahualli e da Traum (inclusive a indicação da visita veio durante uma passagem pela Traum, próximo a Gramado). A decoração, os nomes da cerveja (e da cervejaria) são baseados na cultura Asteca. Aqui é bem mais modesto que a Blauth, mas vale a pena a visita. No cardápio, além das cervejas, possui pizzas e petiscos para quem deseja comer. 

Rodando mais alguns quilômetros chegamos na mais conhecida das três, a Guarnieri, dona da famosa IPA Cachorro Ovelheiro. O local fica dentro de um haras e é preciso pegar um pedaço de estrada de chão (pouca coisa) para chegar até ela. Apesar da estrutura simples para receber clientes, o ambiente compensa muito. Aqui o esquema é pedir direto no balcão e pagar cada pedido no ato. Para comer, pizza e petiscos. No interior do bar há algumas poucas mesas. Mas o grande charme é se sentar no meio do bosque, em frente à represa. Com o calor que estava fazendo (como disse em um artigo anterior, nunca pensei sair de Goiânia para passar calor no sul do Brasil), esse local encaixou perfeitamente. Obviamente que bebemos alguns copos da Cachorro Ovelheiro (com diversas receitas) enquanto apreciamos a paisagem antes de retornar ao hotel. 

O sinal de celular nessa estrada é bastante ruim. Para quem pretende fazer o percurso, ou visitar alguma dessas cervejarias de Uber, vai depender do wifi do local para voltar para a origem. Uma boa notícia é que descobri que há uma ciclovia em construção na região. Com 11km de extensão, vai ligar a cidade de Farroupilha à divisa entre Carlos Barbosa e Garibaldi. E o nome é bastante sugestivo: Ciclovia Desvio da Cerveja.


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